lunes, 11 de agosto de 2008

A falta de informação é nosso maior problema

Será que haverá alguém interessado em dar-nos respostas?
Desta vez vou falar do que penso que são os dois maiores problemas do folclore português na Venezuela. Diria que, em primeiro lugar, falta muita informação, e outro dos grandes problemas são os trajes originais.

Nunca falta quem critique este ou aquele grupo, por isto ou por aquilo, mas quem pode ajudar-nos pergunto eu? Creio que as ajudas são poucas, ou se as há, estão fora do conhecimento de muitos de nós. Vemos como em certos casos se fala negativamente dos nossos grupos folclóricos, tanto aqui como em Portugal, e até nos países estrangeiros onde há outros grupos folclóricos.

Será que haverá alguém interessado em dar-nos essas respostas ou dizer-nos o que está mal ou bem, sem primeiro criticarem, sem primeiro sabermos quais são as maiores necessidades dos grupos folclóricos?

A verdade é que há crise não só na Venezuela mas em todo o mundo. A excepção de alguns grupos. Porque é que não falam disso e só nós na Venezuela é que somos falados em todos lados? Uma coisa tenho a certeza, temos grupos aqui ao nível de qualquer outro onde quer que seja. Já sabemos que há falhas, mas se fosse a falar de outros países, ou até em Portugal, com certeza teria que gastar muita tinta e papel.
O que gostaria de ver era os dirigentes do folclore de Portugal se deslocarem à Venezuela para nos dizer o que está mal mas, pelos vistos, para isso faz falta algum interesse e dinheiro.Nos órgãos responsáveis pelo folclore português, quando precisas de saber alguma coisa ou informação, nunca têm tempo para nós. Se assim fora já teriam feito algo a respeito.
Graças ao clube de jovens folcloristas da Venezuela e o grupo folclórico 'Os Lusíadas', foi possível trazer de Portugal algumas personalidades de alto saber folclórico para debater todos os temas ligados ao folclore português, no passado 4 de Julho, para o primeiro congresso. Este tipo de iniciativa só nós a podemos fazer com a colaboração dos nossos patrocinadores, porque de lá não vem nenhum apoio. Quero agradecer também à direcção do Centro Português, de Caracas, por ter cedido a seu Salão Nobre para este encontro cultural.

Agora com respeito aos trajes, que é a outra grande necessidade dos grupos aqui em Venezuela, só Deus sabe o esforço que faz um grupo para poder ter um traje original o que é muito difícil. Alguns optam por trazer as telas de Portugal para confeccionar os trajos aqui, mas penso que não é a melhor solução, pois há trajes que nunca poderão ser feitos cá, mas como conseguir comprar esses trajes lá em Portugal para vestir a aproximadamente trinta e cinco elementos. Para isso faz falta uma grande quantidade de euros.

Quero dar os parabéns a todos os que fizeram possível este debate folclórico. Que bom é saber que ainda se pode contar com alguém que se interessa por tratar de levar dia a dia a nosso folclore português bem representado além fronteiras.
Artículo tomado de:
y foto del CJF-Venezuela

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